Cerimônia e Recepção: Espaço Lamartine
Quando o destino decide não tem jeito. Eles se conheceram na infância. O irmão da Bianca e o Filipe são amigos desde pequenos. Cresceram se esbarrando mais um nem aí pro outro.
Começaram a namorar quando Bianca já tinha 19 e o Filipe, 24. Lá se vão onze anos e um pouquinho (Ih...contei a idade deles!) e aqui estou para contar do casamento.
Foi uma alegria enorme, esse trabalho porque já conhecia a família do Filipe. A sete anos atrás, fiz o casamento do Tiago, irmão dele, com a Carlinha. É muito especial essa volta.
Começamos a preparar tudo para essa festa linda que aconteceria no dia do meu aniversário.
Pronto!Inspiração dobrada.
Eles escolheram fazer a cerimônia e a festa no mesmo local, o Espaço Lamartine, uma casa linda no Itanhangá e grande o bastante para que os 400 convidados tivessem conforto e a gente, espaço para criar os dois ambientes.
Primeira providência: contratar o celebrante, afinal queríamos alguém especial cujas palavras encantassem e fossem lembradas por todos por muitos e muitos anos.
Também era importante que ele não se atesse a nenhum credo específico. Os dois queriam uma cerimônia laica mas amorosa, com poesia e romance.
Pronto:recomendei o Pastor Longuini.
Apesar do título religioso, ele tem doutorado em ecumenismo e é um mestre em dar a forma da cerimônia, segundo os noivos, seus desejos, seus sonhos.
Bianca me pediu um caminho de velas em cilindros de vidro.
Para ela, nada de flores às margens do tapete. Aproveitei para iluminar o teto com velas também e ao fundo, apenas ao fundo, um arco repleto de espécies nobres decorando a visão.
Na foto, só aparece a pontinha (risos).
Mas ela era completa!
Foi possível ver como um violoncelo pode tocar ao lado de um baterista e ficar lindo!
A entrada dos convidados foi pelo jardim da casa, um acesso lindo, por dois belos portais de ferro branco e um caminho de pedras portuguesas (ops! Qualquer afinidade com a origem do noivo...) que leva até a pérgula onde os noivos fariam seus votos de amor.
Olha a gente aí prontos para começar o check in dos quatrocentos convidados que chegariam para a cerimônia...
Tudo começou no horário certinho como manda a elegância e as madrinhas todas, em tons de rosa, usaram buquets de chuva de prata.
Um toque americano neste casamento que falou inglês várias vezes. O irmão da Bianca mora na Austrália e vários amigos vieram para a festa, inclusive, fazendo parte do cortejo.
Noivos casados, partiu festa logo ali, a uma porta de distância.
Um minutinho antes de começar...um clique querido meu com o Nelson e Cristina Lamartine, os donos dessa casa linda que eu gosto tanto.
Rapidinho todo mundo já estava acomodado e degustando as delícias do buffet Marias e Amélias, encarregado da nobre missão que é atender a um casamento.
Muitas delícias circulando, champagne geladinho e a música de Danielle Lima que, ao vivo, tocava o momento lounge.
Bianca me pediu um ambiente decorado com flores em tons de rosa - prevalendo o pink, e o branco.
Assim foi.
Estamos no inverno e a busca por tamanha quantidade de flores (eram 40 mesas de convidados) nesse tom que já não floresce em abundância por aqui, foi uma aventura.
Mas lá estavam elas lindas.
Uma festa de espécies...lírios, rosas, astromélias, hortênsias, galhos de pessegueiro, alpíneas, boca de leão, dracenas...eram flores de todas as formas. Gosto bastante dessa riqueza das misturas.
Para dar nobreza ao conjunto,usei o nude nas toalhas. Um chantung lindo e desenhado em relevos cobria as mesas de convidados que também ganharam sousplats de prata, taças de bico de jaca e cadeiras dior.
Vendo a vista aérea do setor de mesas vejo também, um retrato de uma filosofia que trago da minha grande escola, o ballet.
Não é diferente na composição visual no design da festa.
As mesas e demais elementos dispostos com distâncias estudadas e equilibradas é um grande ballet; uma cena que deve inspirar leveza e estética.
Quando o mundo dos espetáculos se confundem com a minha história de vida, a luz assume também um papel incrível. Ela é aquele pó de pirlimpimpim. Traz a magia. Sou muito detalhista no projeto de iluminação de uma festa. A escolha dos pontos exatos, da intensidade, da nuance.
Então, a gente chega num universo paralelo onde tudo parece ter saído de um conto de fadas, com maior intensidade, mais brilho, mais cor.
As velas entram na brincadeira.
Apesar de, ao contrário do que se pensa, não iluminarem, elas se iluminam e representam pontos de luz onde estão.
Nesse projeto, aproveitando os recursos da casa, para fixação de alegorias no teto, desenvolvi um móbile de velas.
Não queria usar lustres porque já estão manjados.
Queria uma releitura do tema.
Outro argumento bastante forte, era o enorme pé direito do salão e toda sua grandiosidade.
Nada de um lustre.
Ainda que grande era mais do mesmo.
Resolvi então, unir três peças num móbile e fui prontamente atendida pelo ateliê de velas que desenvolveu um suporte adequado a ideia.
Fatinha, valeu!
Adoro quando vocês embarcam nas minhas viagens!!!
Mas ainda não era suficiente.
Então resolvi subir eu mesma na escada e trabalhar com flores toda a base da peça. O efeito ficou interessante e mais vivo quando além de ferro, vidros e velas, entraram em cena, "the flowers" arrematadas com galhos e folhagens.
Adoro!!!!Olhem as fotos aí!!!!
Para o registro para a posteridade, essa bike retrô e muito lindinha da Zoomfoto. Um clique e a foto fica pronta.
Sabe, sentar e criar uma festa é mesmo um trabalho lindo de mergulho em muitas esferas.O plano das cores, das formas, das luzes, das emoções e das sensações que tudo provoca. Essa é a magia que envolve tudo.
A pista de dança ganhou uma estrutura altíssima para que todos os efeitos viessem de cima.
Quem vê pronto não imagina como é subir tudo isso. Mas o resultado vale o registro.
Alias, por falar em registro, essa parte da produção foi toda registrada pelo querido Daud Pachá. Obrigada, amigo!
Belas fotos da minha decor com aquele olhar artístico que você tem .
Nas suas bordas, lounges para aquele papo rápido entre uma dança e outra ou a troca da sandália alta pelo conforto das sandálias que seriam oferecidas mais tarde.
Nele, mais flores, uma mesa de tampo de espelho envelhecido que é um luxo, sofás de veludo e poltronas daquelas que não dá vontade de levantar nunca mais.
Bem...isso se não for o nosso querido DJ Lelo Cardoso tocando mas falo disso mais para frente.
Lá na frente, a mesa de doces.
Ela!
Imponente e farta mesa de doces.
Eram muitos. Eram vários. Eram sabores para todos os gostos.
Fotografada em múltiplos ângulos, ficou fotogênica em todos.
Cheia de cristais e prataria, a mesa acompanhou o toque de sofisticação da festa sem perder o aconchego.
Aliás, essa ideia permeou todos os ambientes. Os móveis em madeira vieram para "aquecer" e dar aquele ar convidativo de "sente aqui", "fique com a gente", "coma mais uma coisinha gostosa".
Foram centenas de doces e chocolates belgas.
Para fazer uma surpresa, levei também balas de ovos. Afinal, festa portuguesa sem doce de ovos não poderia,né?!
Acabaram rapidinho.
Foi um sucesso.
Bem casados a vontade também compareceram e se desbruçavam a volta toda do bolo.
Lindinhos e com aquela "carinha de pidão", do tipo "me leva" recheadinhos de muito doce de leite.
Mas muito mesmo.
O bolo também estava lá reinando sobre o conjunto com seus cinco andares mais bonequinhos no topo.
Por dentro, recheio de nozes, guanache de chocolate branco e doce de leite.
Era de comer rezando.
Muitas orações para Nossa Senhora da Dieta que mandasse indulgências e perdoasse a gula porque a tentação estava acima dos limites humanos da resistência.
Na hora que trouxemos os cones a turma adorou. Encheu o primeiro. Oferecemos o segundo. Alguns pediram o terceiro. Estava valendo. A fartura era enorme e dava.
Olha só um pouquinho dos closes! Até me foto 3x4, eles ficam bonitos, gente.
Chegou a hora dos noivos entrarem oficialmente no salão ao som de "Get Far Shining Star".
Um fervo!
Um discurso rápido e os noivos dançaram uma música composta especialmente para eles.
Momento romântico dos dois que não acabou aí.
Bianca subiu no palco e cantou para o Filipe. Surpresa para ele, deleite para a gente.
Que voz bonita.
Vamos dançaaaaaaaaaaaaaar!!!!
Padrinhos invadiram e foram acompanhados da galera toda.
A pista bombou na primeira.
Foi um musicão atrás do outro e assim seguiu a noite.
Uma explosão de alegria e vibração.
O registro em foto e filme desse casamentão foi do colega de São Paulo, Jeff Murakami que eu tive o prazer de conhecer nesse trabalho.
Já estou postando aqui as fotos que ele carinhosamente tratou ao fim da festa, cansado do trabalho mas super de boa para que eu já ficasse com esse material para mostrar aqui.
Ele foi um fofo também já mandando esse pequeno short para a gente ilustrar a vibe desse dia! Olha só aqui, em primeiríssima mão!
Desejo a vocês um mundão de coisas boas. Que você, Bianca, continue cantando para o Filipe e que você, Filipe, continue levando a Bianca em lindas viagens. Viagens que carimbam o passaporte, viagens que carimbam o coração, viagens apenas num olhar.
Vivam intensamente, vivam vida real. vivam vida de fantasia, vivam tudo de bom.
Beijos em vocês e nessa família linda (os que já moravam no meu coração a alguns anos e os que conheci agora).
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Flavia quando falei de você para a Bianca e seus pais, te coloquei como a melhor ceriomonialista que conheço e olha que conheço algumaaaaas! Não tive medo de dizer isso pra eles pois a minha confiança em você não é de hoje. E... confirmado: tudo lindo, de bom gosto! Maravilhoso! Noite emocionante! Obrigada mais uma vez
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