Casamento de Pâmella e Marcelo

Cerimônia e Recepção: Fortaleza de Santa Cruz da Barra

2010; o ano que fizeram contato. (risos)

Foi num retiro do grupo católico do Colégio Naval.

Um dia, Pâmella acordou mais cedo que todo mundo e foi para a capela. Oração pela saúde, pela paz mundial, para emagrecer e.... claro!, para encontrar o amor da sua vida.

Marcelo entrou na capela naquele momento.

Oito anos depois, o resto da história, vocês já imaginam.

"Quando nos conhecemos ela já tinha certeza que eu era o homem da vida dela, também, um homão desse, quem resistiria..."

Pedido feito.
Pedido aceito.

Olha eu entrando aí na história... Fiquei responsável pela organização, cerimonial e decoração do casamento.

Eles escolheram a Fortaleza de Santa Cruz da Barra, um lugar lindo na praia de Jurujuba, em Niterói.

A cerimônia seria na capela de Santa Bárbara que existe dentro do Forte e a recepção, no espaço Zéfiro, também localizado lá.

Para aproveitar a linda vista como pano de fundo ao altar da celebração, combinamos que a cerimônia aconteceria na área em frente ao pequeno templo católico.

Padre Ubiratan que acompanha os noivos a tanto tempo, foi o escolhido para agora celebrar o casamento.

O dia amanheceu lindo, com o céu azul e nenhuma previsão de chuva.
Para eles que sonharam em casar à luz do dia e aproveitar a bela paisagem com o mar de testemunha, tudo deu certo.

Para um casamento de dia, as tradicionais flores brancas ofereceriam pouco contraste aos olhos.

Perguntei a eles, se poderia levar o tom da festa para dar alguns toques.

Recebi um ok e no mais, foi comigo.
Eles entregaram a criação e foram namorar no pouco tempo que tinham entre tantos afazeres.

Resolvi, então, usar um tapete marrom para o caminho do cortejo, para ancorar os tons dos bancos que ofereciam assento aos convidados, das peças que usei para a ornamentação e do maravilhoso aparador tailandês que usamos para servir ao altar.

Coloquei os arranjos de flores em cachepots de ferro rústico e fiz um paisagismo também com arbustos verdes de altura um pouco mais baixa.

Os noivos me pediram um genoflexório, já que haveria comunhão durante a cerimônia.

Lá estava ele também.

As madrinhas estavam todas de azul celeste, acertadíssima escolha, aliás. Como ficou bonito o conjunto: elas, o céu acima da Fortaleza, o mar...

Durante a chegada dos convidados, os Violinos Moza faziam um mini concerto.

Gosto muito dessa ideia.

A preparação dos convidados para participar desse momento tão especial que começa desde a entrega do convite, tem seu ápice no dia do casamento.

Ir aos salões de beleza, vestir a roupa nova, seguir até o local...tudo é também muito acelerado! O cérebro e o coração ficam a mil por hora.

Ao chegar no local da cerimônia, um pouco antes, e ouvir um mini concerto lindo tem poderes mágicos. Leva a todos a vibrarem na mesma sintonia, acalma a correria e eleva o envolvimento amoroso com o momento.


Por esse mesmo motivo e mais alguns, peço sempre aos envolvidos com o cortejo religioso (madrinhas, padrinhos, pais e militares que fariam o teto de aço para a saída)que cheguem uma hora antes.

Reunião...explicações... combinados sobre os protocolos e aquelas providências finais, tais como colocações de lapelas.
Aquela conferência necessária na ordenação das partituras dos músicos para nenhuma música entrar na ordem errada e... Tudo pronto. Hora de começar!

Pâmella chegou pontualmente.
Que elegante!

Vestido Glorinha Pires Rebello e make up de Nilza Nohra que caprichou mais uma vez.

A orquestra seguiu com um repertório clássico que incluiu Bach, Vivaldi e Helgar mas também, trouxe nuances mais contemporâneas na entrada do noivo que escolheu "Amazing Grace".

Foi lindo!
Emocionou.

As alianças entraram pelas mãos dos avós.

No pratinho que as conduziram, a impressão da vista da cerimônia também presente no convite e o nome dos noivos.

Trabalho primoroso de identidade visual da design Claudia Haddad que também trabalhou nos menus do misen place da festa.

Mas disso, eu falo mais para frente.

 

A cerimônia teve um discurso muito próximo.
Não poderia ter sido diferente já que o celebrante acompanhou toda a história deles.

A música, o visual, tudo ajudou a deixar , para sempre, lembranças inesquecíveis desse dia.

Pâmella e Marcelo foram homenageados por muitos colegas de farda que compareceram em número expressivo criando um belo visual na hora da saída.

O tradicional teto de aço contou com vinte e oito oficiais.

Padre Ubiratan aproveitou para lembrar o significado do ritual.

As espadas representam o desejo dos companheiros aos noivos de que, assim como as espadas, haja sobre eles um teto do mais fino aço
que os guarde e proteja de todo o mal.

Lindo, não é?!
A gente aqui deseja igual.



A brincadeira que não pode faltar em teto de aço que se preze, ficou aqui sob a responsabilidade do irmão gêmeo do noivo.
(risos)

E como equipe top de fotografia é a que não perde nada... aí está o flagrante em vários ângulos!

Os convidados seguiram para o espaço da festa enquanto os noivos e toda a turma do cortejo seguiu para a sessão das fotos oficiais.

Lá dentro, tudo já estava pronto para começar a festa.

Foi a primeira vez que trabalhei nesse espaço.Algumas visitas técnicas, reuniões com a administração do local, algumas conversas com os noivos para entender o que sonharam para o ambiente e ficou assim.

O Zéfiro tem uma vista privilegiada e uma área de perímetro irregular. É rústico e no lugar do teto, uma grande lona com estruturas de ferro.

Então, arregacei as mangas e comecei a planejar como ele seria vestido para festa.
A primeira coisa deste projeto foi mobiliá-lo. Segui uma escolha peça a peça na definitiva certeza que sem destoar da proposta rústica da casa, deveria conferir alguma sofisticação. Afinal, casamento é casamento. É uma data importante, uma música um tom acima.

As mesas de convidados se alternavam em modelos diferentes para quebrar a monotonia, assim como parte delas ganhou cadeiras medalhão para valorizar a composição.

As mesas com pé de madeira torneada, ganharam tampo de vidro num contraste feliz entre o rústico e a leveza.

Outras, toalhas em shantung adamascado. Todas receberam jogos americanos bordados nos tons da decor.

Para receber os convidados, preparei um grande lounge onde um sofá de quatro metros forrado em algodão interagia com poltronas em madeira teca, pufes de vibras naturais. mesinhas, almofadas, tapetes e outros elementos mais.


Muitos castiçais em cobre, cristais e porcelana decoravam esse ambiente já criando aconchego desde a chegada.

Para finalizar, lanternas de diferentes materiais e formas pendiam do teto.

Para dar acabamento e integrá-las ainda mais ao visual geral, as decorei com folhagens variadas criando uma decoração aérea que se estendia até a mesa de doces.

Ui...por falar nela... a mesa de doces... também estava ali na primeira parte do salão, próximo a entrada.

Brinquei que ela era "total flex" já que ambos os lados dela poderiam ser a frente da mesa. Desenvolvi sua montagem para ser assim já que recebia os convidados e também estava voltada para festa, eu queria que qualquer ângulo, representasse seu esplendor.

Mais uma vez, usei pés de madeira com tampo de vidro.

Mas aqui, o vidro era espelhado com insul film dourado.

Um toque de sofisticação para aquela que é a grande estrela de uma decoração de casamento : a mesa de doces.

Dezenas de bandejas rústicas, trabalhadas em diferentes matérias primas ganharam companhia de porcelanas, velas, flores e sua majestade, o bolo! Aliás, parágrafo especial para ele, essa obra prima toda em renda e poá que transbordava de recheio a cada fatia.

Gosto muito de misturar elementos criando um estilo único e próprio de cada casal.A gente convive um tempo e o próprio projeto conversa com o decorador.
Calma,gente.(risos). Essa loucura é saudável.

A gente fala mesmo com o projeto. Ele tem alma própria.O decorador é um grande interprete.

Essa é a hora da mágica.Sem essa sensibilidade, esse diálogo, tudo ficaria muito óbvio e parecido.

Olhem um pouquinho dos detalhes... e não deixem de admirar os pequenos Santo Antônios de chocolate recheadinhos de marshmellow. Hummmm....

No entorno do salão, optei por não usar elementos que disputassem espaço com a vista da baía.

Usei árvores construídas uma a uma, galho por galho a partir de tronco de pitangueiras.Assim, todas ficam do mesmo tamanho e forma criando uma maior harmonia visual.

Por essa foto externa, percebe-se que o visual do salão ficou livre para ser admirado de fora para dentro e de dentro para fora.

Sobre ele(o salão), velas pendiam por toda parte criando um lindo céu. Era como se as estrelas descessem até a festa.

Para que o efeito ficasse bem distribuído, nada de se limitar as estruturas de ferro já existentes sob a lona.

Cabos de aço foram instalados percorrendo todo o teto em diferentes direções.

O resultado ficou lindo.

A pista de dança ficou mais adiante.

O open bar trabalhou ali pertinho, logo na cabeceira e a turma aprovou experimentando a carta inteirinha.

Era caipirinha, caipivodka, caipisaquê, gim tônica, frozens de vários sabores e mais uma infinidades de drinks do tamanho da imaginação dos bartenders.

No registro de tudo, Daud Pachá.

As fotos que estou postando aqui são dessa fera que arrasa mesmo.

Parabéns mais uma vez, parceiro.

O buffet da festa foi da casa (Zéfiro) e fez bonito.

Como falei mais acima, foi a primeira vez que fiz festa lá e gostei.

Equipe eficiente, profissional, simpática. Sim, porque tem que ter as três coisas!

O trabalho é pesado. Sem simpatia e espírito de equipe entre todos os envolvidos fica difícil.

A pista já abriu com o astral lá em cima.

Os noivos dançaram a canção romântica de praxe por trinta segundos e Marcelo fez sinal para mim que já poderia descer o braço nas carrapetas.

Ordem dada, ordem cumprida. DJ fez a parte dele e a turma invadiu.

Que alegria!

Teve trenzinho, teve "Macarena",teve "Sandra Rosa Madalena", teve até o chão.

Para quem já começava a reclamar de dor no pé, sandalinhas não faltaram.

 E vem balão!
Quem lindos, eles ficam!

Agora, além das estrelas, corações enchiam o céu da pista!

Até o DJ estava animado no volume máximo!

Né, Alessandro Freitas?

Na saída, o sensacional cafezinho da cafeteria Couto deixando a certeza que nenhum detalhe foi esquecido nessa noite que Pâmella e Marcelo celebraram o seu amor e reuniram seus amigos e família para brindar e guardar para sempre na lembrança a alegria de ter feito parte.

Pâmella, Marcelo:

Lá se vão quase oito anos desde aquele encontro na Capela.
Oração funciona!

Que venham mais oito e mais oito e mais oito... e mais oito.

Que o amor nunca se esqueça do quanto era boa aquela espera para se ver.

Que o amor nunca se esqueça do quanto o coração acelerava a cada SMS.

Que ele lembre sempre desse dia lindo do casamento de vocês testemunhado pelos céus que um dia ouviram as preces numa capelinha daquele encontro de jovens.

Desejo que aquele teto de aço seja eterno sobre vocês, os protegendo da maldade. Mas sejam zelosos também do que cada um produz.

Cuidem um do outro.

E não esqueçam...oração funciona!

Esse fim de noite na escada, vou guardar para sempre.

Foi muito especial quando vocês me chamaram para essa foto final.

Claro, que a equipe toda aderiu e vibrou junto.
(risos)

Para os leitores do blog que estão lendo essa história, explico que eles estavam com o fotógrafo fazendo a foto que vai encerrar o álbum quando essa alegria toda aconteceu.

Pâmella, Marcelo...

Eu e toda a família Cerimoniale desejamos um mundão de felicidades para vocês.

Beijo!

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