Tudo começou numa aula de vinhos onde os dois conversaram a noite inteira e não aprenderam nada.
Parece que valeu a pena perder as esplanações.
Quatro anos depois, estou eu aqui para contar do casamento.
Chris e Kermison começaram a namorar um mês depois em meio a um salto de paraquedas. Da Copa do Mundo passada para cá, foram algumas maratonas de ciclismo internacional, trilhas, rapel e mergulhos. Kermison até já acorda cedo, apesar do sofrimento!
Eles escolheram a Capela Santa Ignês para casar. Ela é uma das opções mais fofas do Rio de Janeiro para quem quer uma cerimônia parecida com a dos casais europeus que buscam um lindo jardim, cercado de espaço para os convidados curtirem o encontro antes e depois com conforto e segurança. A fachada da capela lembra mesmo as seculares construções da Europa com muros de pedra e seu frontão triangular.
Ultimos ajustes, últimas conferências e estava chegando a hora de tudo acontecer. Sonho virando realidade.Flagrante da equipe de registro para posteridade quando eu e minha equipe já estávamos prestes a abrir os portões.
Adorei fazer esse trabalho porque a capela é uma construção cujo design interno é moderno, sem rococós nas paredes, nem talhas em madeira por toda parte. Tem muita parede branca.
Usar cor nas flores, deu um realce ao caminho do cortejo e ao visual geral. As fotos, inclusive, ganharam contrapontos e movimento quebrando a monotonia.
Frei Milton Campos, convidado para celebrar a cerimônia, me pediu fotos porque achou lindo e queria mostrar-se celebrando na Capela Santa Ignês num dia em que ela estava decorada com tanta alegria.
Chris estava de Glorinha Pires Rebelo e make de Nilza Nohra.
Uma dupla que não dá erro.
Ela estava muito bem escoltada por um segurança, o Miguel, que até crachá usava para que ninguém tivesse dúvidas.
Para entrar com ela, o emocionado tio Aristídes.
No comando da música, a orquestra de Delfim Moreira.
Um espetáculo a parte por toda a sua qualidade.
Delfim é hoje uma unanimidade quando o assunto é emoção.
Sua música faz transbordar os olhos mais durões.
Com músicos excepcionais, arranjos exclusivos e maravilhosos e montando a orquestra com percursão e naipe de metais associados ao piano e ao côro, o resultado é de um impacto incrível.
No casamento da Chris e do Kermison não foi diferente.
Mais emoção para todos.
Depois, Frei Milton Campos realizou o rito das velas durante a celebração como fazem muito bem os frades franciscanos.
Duas almas que se tornam uma pelo amor assim como as chamas das velas.
É bonito!
Hora de partir para a festa. A recepção foi ali mesmo, no salão Jardim da propriedade.
A Chris e o Kermison optaram por uma comemoração íntima, cercados da família e dos amigos mais próximos e, então, minha primeira tarefa foi ajustar o tamanho do espaço ao número de pessoas que eles esperavam.
Lá existem dois ambientes e, durante nossas conversas, combinamos que tudo aconteceria na parte externa.
Assim, fechei o ambiente interno com dois painéis cenográficos e trabalhei na área que nos atenderia com conforto e amplitude adequada.
A festa ganhou mesas para todos os convidados. Todas com mis en place em tons de verde criando uma base uniforme para o colorido que surgiria no plano das flores.
Numa de nossas conversas, propus aos noivos uma festa colorida. Tudo começaria a luz do dia e usar cores diversas daria vida e alegria ao visual.
Equilibrando tudo, treliças em galhos foram erguidas no teto e ornadas com glicíneas brancas que revezaram na composição aérea com dezenas de jarras de velas.
Ao centro da festa e,não por acaso, em frente a mesa de doces, um super ambiente lounge foi posicionado.
Era um convidativo ponto de encontro para aquele papo com vista para o jardim e para degustação dos irresistíveis doces de casamento que estavam logo ali ao alcance do braço.
Por falar em jardim, os da capela, recentemente reformados e com novas nuances, ganharam uma luz especial em tons de âmbar e branco que cuidei com especial atenção.
Eles são plenamente integrados com a festa e portanto, ganharam luz e brilho ligando o caminho da porta da capela até o ambiente de celebração.
A mesa de doces também ganhou uma programação personalizada.
Partindo da proposta onde o colorido se sobreporia a uma base neutra, escolhi porcelanas verde cana com detalhes em madeira.
Para quebrar a monotonia, algumas peças rústicas em ferro também entraram na composição com a nobre tarefa de ser suporte aos chocolates.
O bolo foi um detalhe muito delicado no conjunto.
Quando eles me deram a honrada tarefa de escolher o modelo do bolo, sabia que não seria nada comum.
Mais uma vez, lembrando que a festa começaria a luz do dia, não quis um bolo liso.
A claridade daria a ele, ares pouco românticos.
Veio então, a ideia de fazê-lo todo em nervuras. Andar por andar.
Nervura por nervura. Que leveza, o resultado!
As flores, em 3D, surgiam trabalhadas sobre o glacê mármore... aqui nossa equipe de confeitagem não usa pasta americana, e o bolo ficaria estruturado sobre uma boleira de prata sem muitos detalhes para que o contraste de texturas fizesse todo o trabalho se destacar.
A foto está aí.
Uma obra de arte recheadinha de muito guanache de chocolate branco,doce de nozes e doce de leite.
A pista de dança ganhou também alguns mimos aos convidados com chopp geladinho da Estella Artois e um open bar caprichado, com frozen para quem curte drinks de verão, caipirinhas para os tradicionais e drinks variados para quem quisesse o diferente.
A festa começou com todo mundo chegando ao mesmo tempo.
Afinal, a cerimônia foi ali mesmo e era só cruzar o jardim.
Logo em seguida, os noivos entraram oficialmente no salão para um brinde pra lá de legal.
Os padrinhos já aguardavam na pista de dança com sua taças e os noivos brindaram com cada um deles.
Discursos cumpridos, hora de dançar. Uma coreografia carpichada com direito a duas músicas, muitos olhares, beijos e passos, claro, abriu "os trabalhos".
Perfect e Time of Life foram a trilha sonora.
E olha que o buffet do Demar arrasou desfilando delícias para todos os gostos.
Foi um banquete e tanto com honras para o camarão, o penne ao frutos do mar e o fillet super macio.
Não faltou fotos do super Daud Pachá que clicou a noite toda e já mandou essas aqui para eu contar um pouco da festa para vocês.
A turma da Sunset cuidou da limpeza e da segurança, outros dois pontos importantes para o sucesso de uma festa.
Por fim, quero contar para vocês para onde foram todas essas flores lindas quando tudo acabou.
Elas foram recolhidas pela ONG Flor Generosa e viraram buquets para asilos de idosos no domingo.
Trabalho lindo deles.Emocionante apoiar.
Quero aproveitar e dizer a todos que podem se juntar a esse trabalho lindo.Não precisa ser decorador.
Você pode se oferecer para ajudar nas recolhas, nas entregas, no transporte.... florgenerosa.org
Por mais ações assim em nosso planeta!Vamos, gente.
Olha eu aí com essa gente linda que faz o bem.
O amor deve ser assim como essa festa, colorido, cheio de nuances, vivo, iluminado, belo. Nele, não cabe monotonia, tristeza.
É preciso cuidar do jardim. Mantê-lo sempre encantado. Tocar música para ele, dançar, dar banquete.
O amor é generoso. Cabe nele abraços, muitos beijos, amigos. Cabe nele convites constantes para celebrar e também para momentos de contemplação somente onde a grandeza fica por conta dos sentimentos.
Vale iluminar o caminho do outro com o brilho do olhar, vale aquecer o outro com o calor de um abraço, vale dar ritmo no compasso das batidas do coração, às ideias do outro que em algum momento sentir-se perdido.
Vale tudo que construir. Vale tudo que fortalecer. Vale tudo que fizer feliz.
Sejam felizes.Sejam festa. Sejam cores!!!
Beijos!
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